No próximo domingo (23), será a hora de milhares de vestibulandos colocarem à prova um ou mais anos de estudo, no dia do maior vestibular do país, a Fuvest. Os candidatos concorrem a 10.707 vagas --sendo 10.557 para a USP, cem para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e 50 para a Academia de Polícia Militar do Barro Branco.

Embora seja o processo seletivo mais concorrido do país, o número de inscritos vem caindo desde 2006. No ano passado, 140.999 pessoas se inscreveram. Neste ano, foram 138.242 --quase 2% a menos.

Sobre a queda, Roberto Costa, assessor da diretoria para concursos vestibulares da Fuvest, diz que uma das causas é o aumento de vagas de graduações em outras instituições. "O número de pessoas que acabam o ensino médio tem se mantido constante, mas a oferta de vagas tem aumentado."

Publicidade é a carreira mais concorrida da USP, com 40,66 candidatos por vaga. No ano passado, eram 41,02.

O curso com maior procura absoluta da Fuvest continua sendo medicina e ciências médicas. Os gêmeos Felipe e Hiran Gasparini dos Santos, 19, são dois dos 13.379 candidatos à carreira. Os irmãos fazem tudo juntos: do cursinho às sessões de fisioterapia para reparar lesões dos treinos de judô. E eles esperam que continue assim. Os dois não se vêem como concorrentes. "Sabemos que é uma carreira disputada e que um de nós pode passar, e o outro, não, mas não gostamos nem de pensar nisso", diz Hiran.

Felipe conta que eles se ajudam quando têm dificuldade. "Gostaríamos de continuar na faculdade juntos, se desse."

O gosto por matemática e história levou Bruno Blanco, 18, e Wellington da Silva, 17, colegas no colégio e no cursinho, a escolherem economia na Fuvest. "Querer a mesma coisa ajuda porque temos de focar nas mesmas disciplinas", diz Wellington. "Na maioria dos simulados, o desempenho dele é melhor, mas ele me incentiva a correr atrás", diz Bruno.

Véspera

Quando os namorados Natalia Landi, 18, e Gabriel Machado, 19, se conheceram no cursinho, não sabiam que disputariam a mesma vaga em engenharia de produção. "Se um não passar, vai receber todo o apoio do outro", afirma Natalia. Gabriel diz que é até bom os dois quererem o mesmo curso, "porque assim, se entrarmos, nos veremos por mais tempo".

Neste sábado, Gabriel ainda não sabe se vai descansar ou aproveitar o tempo para fazer uma última revisão da matéria.

Segundo Alberto Francisco do Nascimento, coordenador do Anglo, não se deve estudar na véspera. O ideal é visitar o local da prova e prestar atenção ao caminho que será feito no dia. Sábado, diz ele, também é dia de separar o material para a prova.Notícia Retirada Do Site TUDO AGORA