O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, acatou nesta tarde denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual contra o goiano Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos, 20 anos, pela morte da inglesa Cara Marie Burke, 17 anos. O jovem vai responder agora na Justiça por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e utilizando-se de emboscada), destruição e ocultação de cadáver, além de corrupção ativa.

Alcântara também acatou denúncia contra o promotor de vendas Cristiano Cardoso da Silva, 27 anos, amigo de Mohammed, que responderá por ocultação de cadáver. Ele é suspeito de emprestar o carro para Mohammed D'Ali transportar o corpo da vítima. O magistrado determinou a citação dos denunciados para responder, em dez dias, à acusação.

O crime ocorreu no dia 26 de julho. Mohammed é suspeito de matar a facadas e esquartejar Cara Marie no apartamento dele, no Setor Leste Universitário, em Goiânia. As partes do corpo foram encontradas dias depois na margem do rio Meia Ponte, na BR-153, na capital, e no ribeirão Sozinha, em Bonfinópolis (a 33 km de Goiânia). Pelos crimes, ele pode ser condenado a uma pena máxima de 36 anos.

De acordo com a denúncia, oferecida na última sexta-feira, Mohammed teria matado a jovem pelo temor de que ela não cumprisse acordo de casamento feito na Inglaterra, onde eles se conheceram. Ele queria a cidadania inglesa e, por isso, sua mãe teria proposto à Cara Marie que ela viesse para o Brasil, onde se casariam e em troca sua família receberia um montante em dinheiro. Ainda segundo a denúncia, o acordo não teria dado certo, porque a inglesa ficou com medo de Mohammed pelo fato de ele ser um forte dependente de drogas.

Mohammed alegou à polícia que estava sob forte efeito de drogas quando matou Cara Marie e disse ter surtado quando pensou que a inglesa ameaçou delatar para a família dele seu uso de entorpecentes. Ele está preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

O corpo de Cara Marie, que seria transladado nesta sexta-feira para Londres, onde seria sepultado pela família, deve sair do Brasil na amanhã, devido a trâmites burocráticos.

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