SSP "monitorará" legalidade da greve da polícia

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou nota sobre a greve da Polícia Civil que estava marcada para começar amanhã em todo o Estado de São Paulo, mas, segundo as entidades representativas, foi antecipada voluntariamente e teria atingido 187 municípios. "A Secretaria tomará todas as medidas cabíveis para resguardar os direitos dos cidadãos e sua segurança", diz a nota.

A pasta não respondeu sobre o numero de cidades que teriam aderido ao movimento dos policiais civis. Em nota, a SSP disse que "vale lembrar que está em vigor liminar que determina que seja mantida a continuidade dos serviços, em 80% do efetivo dos profissionais da Polícia Civil do Estado de São Paulo, sem interrupção total de qualquer tipo de atividade, fixando, em caso de descumprimento, multa diária no valor de R$ 200 mil".

A Secretaria de Segurança repetiu que, desde o começo do ano, o governo negocia com as entidades uma pauta de valorização das carreiras e concessão de novos benefícios. A proposta, apresentada pelo governo, prevê investimento de R$ 500 milhões adicionais à folha de pagamento da Segurança Pública, que hoje soma R$ 7 bilhões. O valor garante um aumento significativo, dentro da realidade orçamentária do Estado.

"A intransigência das entidades representativas e a insistência em defender propostas irreais levou ao impasse em que se encontram as negociações", justificou a Secretaria sobre o motivo do inicio da greve. Hoje, segundo o Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), delegacias de 187 cidades entraram em greve por tempo indeterminado.

A maior adesão ocorre no interior e Baixada Santista. De acordo com a comissão de greve, as delegacias de polícia só atenderão os casos de flagrante, homicídios, acidentes de trânsito com vítima fatal, mandado de prisão, seqüestros, latrocínios, roubos e furto de veículos. Casos mais simples como extravios de documentos, furtos, dano, acidentes sem vítimas, lesão corporal, estelionato, entre outros não estão sendo registrados.

No dia 13 de agosto, os policiais civis também pararam e o movimento durou apenas sete horas. Na ocasião, o TRT determinou a suspensão da greve e marcou as primeiras reuniões de conciliação que não surtiram qualquer efeito.

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