Sites de redes sociais são a principal atração da internet, enquanto sites de pornografia perdem visitantes, de acordo com um guru da web.

Bill Tancer, que se auto-define como um “geek de dados”, analisou informações relacionadas a dez milhões de ínternautas para concluir que somos, na verdade, aquilo em que clicamos, com mecanismos de busca nos oferecendo um panorama atual de como a sociedade e as pessoas estão se transformando.

Algumas das suas descobertas são triviais. Mas outras indicam quais são os interesses e as emoções das pessoas que, por exemplo, costumam aumentar a demanda por medicamentos anti-depressivos na época do natal nos EUA.

Tancer, em seu novo livro, “Click: What Millions of People are Doing Online and Why Does It Matters” (Clicar: o que milhões de pessoas estão fazendo na internet e porquê isso é importante), diz que investigar resultados de pesquisas online não apenas mostra o que acontece na web, mas também fornece uma visão ampla do comportamento dos indivíduos e da sociedade.

“Existem padrões de uso da internet que costumamos repetir muito previsivelmente, desde pesquisas sobre dietas ou vestidos para festas até sobre o que podemos fazer durante as férias”, Tancer explicou.

Segundo Tancer, uma das principais conseqüências do hábito de usar a internet na década passada foi a redução do interesse em pornografia ou em conteúdos de entretenimento para adultos.

Atualmente, cerca de 10% das buscas online visam conteúdo pornográfico. Há dez anos, a porcentagem era de 20%, de acordo com Tancer.

“Embora o tráfego na web tenha aumentado, o número de visitantes de sites de pornografia diminuiu", ele disse, “Acredito que os jovens principalmente gastam tantas horas em redes sociais que não lhes sobra tempo para sites com esse outro tipo de conteúdo" .