Em corpo-a-corpo pelo comércio de Sapopemba, na zona leste, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, mudou o tom de seu discurso neste domingo e disse que não se sente fora da disputa para o segundo turno das eleições. Ele afirmou que está numa nova fase da campanha, onde o foco será colocar o "pé no acelerador" e evitar ataques com seus adversários.

Ontem, o tucano atribuiu a problemas enfrentados pela campanha na área de comunicação sua queda na pesquisa Datafolha. "Nós tivemos a semana mais difícil, esta que está terminando. No meio da campanha, com mudança na área de comunicação, mas acho [que as pesquisas] mostram uma estabilidade, as variações são na margem [de erro]", afirmou Alckmin.

Segundo a pesquisa, em trajetória ascendente, Gilberto Kassab (DEM) chegou a 21% das intenções de voto e está tecnicamente empatado com o tucano, que tem 20%. Isolada na liderança, Marta Suplicy (PT) tem 37% da preferência.

Ainda segundo o Datafolha, o democrata subiu três pontos, passando de 18% para 21%, em uma semana. Alckmin oscilou dois pontos para baixo em comparação à pesquisa anterior. Marta, que estava com 40%, sofreu oscilação negativa de três pontos.

"Não vou discutir estratégias de adversário. Deixe eles fazerem a campanha deles, que a gente vai fazer a nossa. Vamos ter um novo momento, houve uma estabilização, agora é crescer. A possibilidade nossa no segundo turno é muito boa, nós temos a rejeição mais baixa. Ganhamos a eleição do presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva] aqui em São Paulo [para a Presidência da República]."

O tucano disse ainda que não irá atacar seus adversários. "O foco é fazer uma campanha propositiva, como estamos fazendo aqui, falando dos desafios de São Paulo e como solucioná-los."

Questionado novamente sobre o apoio do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à sua campanha, Alckmin afirmou: "Eu acho que o Serra já declarou várias vezes o apoio a nós, eu não vou entrar nesta discussão".

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